O secretário estadual de Transparência e Controle, Rodrigo Lago, se posicionou oficialmente, nesta terça-feira (23), e confirmou que não há nenhuma investigação em curso no Ministério Público Estadual, solicitada pela STC, contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA), Edmar Cutrim.
A informação revelando o caso, já desmentido pelo secretário, foi divulgada neste último fim de semana pelo blog Atual7 e ganhou publicidade em outros veículos de imprensa, como foi o caso do Jornal O Estado do Maranhão, na sua edição de hoje.
Segundo Lago, que referiu-se nas suas redes sociais exclusivamente à reportagem do matutino, o fato tratou-se “de uma acusação requentada contra o conselheiro Edmar Cutrim, que já foi arquivada pela PGR, pelo STJ e pelo TCE/MA. E provavelmente o será pelo MP/MA. E a Transparência nem existia quando ela foi feita”.
Ainda de acordo com o secretário, ocorreu um erro material em uma portaria do MP, facilmente identificável, mencionando o nome da Secretaria de Transparência. Ele afirmou que a sua pasta é um órgão de controle interno do Poder Executivo e jamais poderia investigar e auditar outros poderes.
“É o TCE/MA quem audita o Executivo, nunca o contrário”, disse.
Contornos políticos – Como não poderia ser diferente, o assunto acabou descambando para o campo político.
Foram vários os comentários e insinuações referenciando o não existente pedido de investigação da STC a um rompimento entre a família Cutrim e o governador Flávio Dino (PC do B).
Edmar é pai do deputado estadual Glabert Cutrim (PDT) e do ex-prefeito de São José de Ribamar, ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM) e atual pré-candidato ao cargo de deputado federal, Gil Cutrim, também do PDT.
Ontem, em entrevista ao blog do Domingos Costa, Glalbert tratou de desmentir qualquer tipo de cizânia envolvendo sua família e o comunista.
“Estamos em perfeita harmonia com o governador. Meu pai não se mete em política partidária, o âmbito dele é outro. Esse caso requentado sobre suposto ato de improbidade administrativa que envolvia a Secretaria de Transparência e Controle e o Ministério Público é assunto já arquivado no Superior Tribunal de Justiça. Na verdade, o que estão buscando é intriga e, nisso, já somos vacinados”.
O próprio Edmar Cutrim, em entrevista ao blog do Antônio Martins, já havia demonstrado estar tranquilo em relação ao caso, tendo o classificado como mentira.
“O que estão falando a meu respeito é tudo mentira. Não é a primeira vez que fazem isso. Em fevereiro de 2017, o STJ arquivou um processo semelhante por “não ter encontrado elementos me vinculando as condutas que deram origem à investigação, nem elementos que justifiquem a continuidade da apuração”. Estou tranquilo porque sei que a verdade vai vencer mais uma vez”, disse o conselheiro e ex-presidente da Corte de Contas.