Antes da filiação ao PSB, o governador do Maranhão, Flávio Dino, concedeu entrevista ao canal da revista Carta Capital, afirmando que uma eventual candidatura a vice-presidente de Lula seria “uma hipótese bem-vinda”.
Dino afirmou ontem (21) que sua candidatura ao Senado, em 2022, é o cenário mais provável, porém, não descartou a sonhada possibilidade de, caso seja convidado, vir a ser vice em uma chapa encabeçada por Lula, a depender da posição do PSB. O governador aproveitou para mandar um recado a Ciro Gomes, considerado na atualidade um dos mais fortes adversários do lulismo pela possibilidade de se converter na terceira via para parte significativa do eleitorado brasileiro.
“Penso que o PDT, até por sua posição histórica, liderada pelo saudoso estadista Leonel Brizola, é importante que mantenha algum tipo de portas abertas, canais abertos com os demais partidos, sem prejuízo de meu amigo Ciro Gomes disputar a eleição”, sugeriu.
Qualquer neófito na política sabe que vitórias eleitorais costumam resultar também de costuras e acordos bem amarrados. A expressão “portas abertas” na retórica dinista apenas omite qual o preço das chaves que poderão fazer Ciro abrir mão e compor com Lula nas eleições de 2022. Uma delas seria o apoio para que o Maranhão seja governado mais uma vez pelo PDT, em uma justiça feita ao ex-governador Jackson Lago, que teve seu mandato interrompido por um golpe judicial. Nas hipóteses de Flávio Dino, ministro de Lula; Ciro Gomes como vice-presidente e Weverton Rocha como governador do Maranhão, a última parece ser a mais viável por diferentes fatores.
É aguardar para conferir!