Em entrevista ao programa ‘Diálogos’, da Globo News, na noite desta quinta-feira (17), o governador Flávio Dino comentou sobre a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender as investigações que apuravam movimentações financeiras suspeitas envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a pedido do próprio filho do presidente.
Para Flávio Dino, ex-juiz federal e professor de Direito, há duas apreciações a serem observadas nesta situação: a jurídica e a política. Na primeira, segundo ele, em relação ao pedido de foro ao STF. “Não existe foro de prerrogativa para fatos anteriores”, explicou o governador do Maranhão.
No campo político, Dino afirmou que Flávio Bolsonaro assumiu a condição de investigado ao fazer o pedido ao STF. Até então ele ainda não havia feito isso. “E a última, a fragilização de uma das faces prometidas pelo governo Bolsonaro, que seria combate a corrupção”, disse o governador, ao tratar o problema que ele classificou como doméstico.
“Evidentemente que o Supremo vai apreciar. Há incoerências jurídicas e essa novidade política, que vai render negativamente para o Governo Federal”, concluiu Flávio Dino.