A dificuldade do deputado Edilazio Júnior, em construir alianças para sua pré-candidatura a deputado federal, diminui a cada dia. Em função disso, o parlamentar passou a receber apoios de políticos investigados por crime de agiotagem ou por esquema de corrupção.
Essa semana, por exemplo, Edilazio não se envergonhou de posar em fotos ao lado do pecuarista Humberto Dantas dos Santos, conhecido como ‘Beto Rocha’, acusado de desvios de verba pública no município de Bom Jardim, a 275 km de São Luís. Ele é ex-marido da ex-prefeita Lidiane Leite.
Beto Rocha foi preso pela Polícia Federal em agosto de 2015, após ser acusado de ter desviado verbas da educação do município de Bom Jardim. Ele foi candidato à prefeitura da cidade, em 2012, pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), mas teve a candidatura impugnada ao ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Como foi impedido de concorrer, acabou colocando Lidiane Leite para disputar as eleições em seu lugar.
PRISÃO POR DESVIOS
A Polícia Federal realizou uma operação na cidade de Bom Jardim (MA), em agosto de 2015, para cumprir mandados de busca e apreensão e prisão de suspeitos por desvios de verbas de merenda escolar, de reforma de escolas, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Na ação, foram presos os ex-secretários de Assuntos Políticos, Humberto Dantas dos Santos, o Beto Rocha, ex-marido da prefeita Lidiane Leite e o de Agricultura, Antônio Gomes da Silva, o Antônio Cesarino, também presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Bom Jardim (STTR).
RELAÇÕES PERIGOSAS
O suposto aliado de Edilazio é réu em vários processos na justiça maranhense. Em alguns casos, segundo levantamento, a desembargadora Nelma Sarney, que é sogra do parlamentar, figura como relatora. Não se sabe se a aliança politica entre os dois tem haver com os processos judiciais.
Essa semana, Bira do Pindaré (PSB) e Edilázio Júnior (PSD) trocarem insultos na sessão ordinária. Num determinado momento, o socialista acusou o parlamentar roseanista de querer se eleger com a caneta da “juíza” – uma referência à desembargadora Nelma Sarney, sua sogra.