Ida de Roseana à festa de advogado em Lisboa tem muito mais por trás do que registrou a “grande imprensa”

A registrar a presença da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) “única estrela do universo político”, e do marido dela, o empresário Jorge Murad, na festa de aniversário de 60 nos do competente e festejado advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a chamada “grande imprensa” lembrou que ele foi o defensor da pemedebista no rumoroso Caso Lunus. O caso eclodiu quando no dia 4 de março de 2002 a Polícia Federal, cumprindo ordem judicial dada pelo Luiz federal, Carlos Madeira, invadiu os escritórios da Lunus, empresa de Roseana Sarney e Jorge Murad, e ali encontrou cerca de R$ 1,3 milhão em espécie, o que deu a um processo que por pouco não levou a ex-governadora para a cadeia sob a alegação de que ela teria desviado recursos da Sudam. O que a “grande imprensa” não conta é que, depois de quase uma década de guerra no tapetão judicial, o criminalista festeiro mostrou que é um craque no seu oficio: provou por A mais B que a acusação do Ministério Público Federal à ex-governadora não tinha fundamento e estava tecnicamente cheia de falhas. Resultado: Roseana Sarney, depois de submetida a todo tipo de investigação – incluindo um duro interrogatório feito por delegados da PF na antiga sede da PF no Anil -, foi inocentada, tendo inclusive recebido a dinheirama de volta, nota sobre nota.

Em tempo: além dos bons serviços prestados, Antônio Carlos de Almeida Castro e os Sarney mantêm fortes laços de amizade.

Da coluna Repórter Tempo