O Sindicato dos Taxistas de São Luís está se movimentando no sentido de evitar a regularização do serviço Uber, aplicativo para transporte privado de passageiros, na capital maranhense.
O assunto voltou a ganhar destaque no noticiário depois que o vereador Paulo Victor (PROS) elaborou projeto de lei que regulamenta o serviço na cidade. A proposta, que já conta com o apoio do presidente do Procon, Duarte Júnior, deverá ser avaliada pelo plenário em fevereiro, após o fim do recesso parlamentar.
“Somos totalmente contra. Trata-se de uma concorrência desleal. Enquanto nós, taxistas, pagamos inúmeros impostos, esse aplicativo autorizará, sem nenhum ônus, que qualquer pessoa execute o serviço de transporte de passageiros”, afirmou o presidente do Sindicato, Renato Medeiros.
Ele deixou claro que a entidade e a categoria estão, neste momento, dialogando com cada um dos vereadores no sentido de evitar que o projeto de Paulo Victor seja aprovado.
E caso seja, o sindicalista adiantou que o Sindicato irá recorrer à Justiça.
“Hoje, possuímos uma frota de 2.300 veículos com mais de três mil pessoas vivendo do serviço de taxi regularizado. Autorizar a implantação deste aplicativo implicará em uma onda gigantesca de demissões com o seguinte cenário: milhares de homens e mulheres sem condições de sustentar suas famílias”, acrescentou.
Renato Medeiros disse que o Sindicato não é contra aplicativos que otimizem o serviço, desde que os mesmos sejam direcionados exclusivamente aos motoristas regularizados no serviço de táxi.
A regularização, ou não, do Uber em São Luís vem sendo discutida desde o ano passado.
À época, a então vereadora Luciana Mendes (PP) apresentou projeto de lei proibindo o aplicativo na capital.
A proposta foi aprovada unanimemente pelos vereadores, sendo que ainda aguarda a sanção do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Do Blog do Glaucio Ericeira
A regulamentação do Uber seria um avanço para São Luís. Gostaria de saber se os taxista já tiveram acesso ao projeto de lei? Como questionar algo q não conhecem. Deveriam entrevistar o próprio autor do projeto, para esclarecimentos.