Queda na popularidade faz Flávio Dino ‘pedir ajuda’ a Ricardo Murad

                              Governador Flávio Dino

O Hospital Macrorregional de Pinheiro foi mais uma unidade de alta complexidade do Programa Saúde é Vida, implantado pelo ex-secretário Ricardo Murad e pela governadora Roseana Sarney. Foi erguido e equipado pelos dois. Cerca de 95% da obra foi realizado no governo passado. Passou nove meses abandonado pelo governo e, depois de todo esse tempo, será “aberto” pelo governador Flávio Dino. Parece que a “herança maldita” de Ricardo Murad se tornou a única saída que restou ao governo depois da queda na popularidade.

O hospital foi uma das grandes obras na saúde maranhense das últimas décadas.  A unidade conta com uma unidade de pronto atendimento para pacientes graves, um centro cirúrgico para procedimentos de neurocirurgia, cirurgias geral de grande porte, traumas e ortopedia de alta complexidade, uma UTI com 13 leitos, um completo centro de diagnóstico com tomografia, raio x, ultrasom, endoscopia, eletrocardiograma, ecocardiograma, exames clínicos e uma série de outros itens necessários ao funcionamento para atender a população da região.

Flávio Dino dava sinais de que iria tratar as obras dos antecessores como todo bom e velho político faz: abandonando-as. É a velha tática de reiniciar o governo no intuito de apagar as realizações passadas. Coisa mais mesquinha na política nacional não há, essa é a verdade.

Mas os planos não saíram como o programado e a queda recente na popularidade parece ter ligado o sinal de alerta. O hospital deveria então, finalmente, ser inaugurado.

O governador anunciou o evento para os próximos dias. Mesmo assim, não perdeu a oportunidade de ser mesquinho. Afirmou em suas redes sociais que o hospital feito por Roseana e Ricardo foi uma ideia de Jackson ainda em 2009 e não fez qualquer menção aos verdadeiros responsáveis pela obra.

O problema é que, mais uma vez, o governo enfiou os pés pelas mãos. Assim que Flávio Dino anunciou sua “grande obra”, Ricardo Murad também usou as redes sociais para expor um fato que soa, no mínimo, como uma prova cabal da incompetência do governo na área saúde: os equipamentos e mobiliários deixados pelo governo anterior não serão ativados. Segundo o ex-secretário, “centro cirúrgico, UTI, centro de diagnóstico e CME não funcionarão até a data indicada e sem isso não há por que se falar de funcionar o Macrorregional de Pinheiro”. Ricardo afirma que o governo não treinou o pessoal que iria dar suporte a uma unidade com esse perfil. Além disso, várias empresas responsáveis pelos equipamentos se recusam a finalizar a instalação deles. Caso da Siemens, responsável pelo tomógrafo (aparelho que ainda está na caixa). A empresa afirmou que só deslocará um engenheiro para a instalação após 15 de outubro, se a Secretaria de Saúde pagar o que deve à empresa referente aos outros tomógrafos que tem instalados nas outras unidades.

Flávio Dio teve longos nove meses para preparar este hospital e inaugurá-lo com a devida pompa. Transloucado, queria “apagar” as realizações do governo passado. Encurralado, voltou atrás decidiu usurpar o trabalho alheio. Afobado, agora passa por uma grandiosa vergonha.

Por Linhares

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