Edivaldo Holanda Jr um dos piores prefeitos que São Luís já teve

Foto: Brawny Meireles

A Câmara Federal dedicou ontem sessão solene em homenagem aos 403 anos que São Luís completa no dia 8 deste. Rasgaram elogios, falaram do berço cultural, dos artistas e intelectuais de hoje e do passado, das invasões e ocupações por holandeses, franceses e portugueses.

Na sessão teve de tudo entre os discursos de Weverton Rocha, Waldir Maranhão (autor da proposta), Eliziane Gama, vereador Fábio Câmara e até o senador Roberto Rocha. Zé Reinaldo Tavares entrou mudo e saiu calado.

Embora a sessão tenha sido para homenagear a cidade Patrimônio da Humanidade, o prefeito não deu as caras por lá e o governador fez questão de passar bem distante do evento. João Castelo, que já foi prefeito da capital, nem tomou conhecimento.

São Luís possui feiras livres no meio das ruas

São Luís, tenho certeza amigo leitor, ficou envergonhada com aquela falatório. Deve ter chorado de raiva pelo estado de abandono e descaso.

Os remendos nas ruas e avenidas sujas embelezam a capital por poucos dias. O asfalto Sonrisal vai se diluir nas próximas chuvas de janeiro e não resistirão as águas de março. Sinal de que o prefeito não leva a sério sua cidade.

A capital vai completar 403 anos e continua com os mesmos problemas. Aqui não temos saneamento básico, nossas praias continuam poluídas e até os hospitais que foram reformados ou construídos caminham para fechar as portas.

Em pleno século 21 ainda temos aqui na capital uma taxa alta de analfabetismo, escolas destruídas, professores recebendo salários com atraso e uma qualidade de ensino dos piores do Nordeste.

A nossa juventude caminha para as drogas por falta de oportunidades de empregos, por ausência de políticas públicas mais arrojadas.

Chegamos ao século 21 carregando latas de água na cabeça. Um quadro triste e desolador. E quando se constrói uma alternativa para fazer chegar a água potável nas torneiras, o novo governo prefere ignorar tudo para não concluir a obra do anterior. Uma mentalidade provinciana.

Por último, vivemos numa capital feito reféns do medo. Já não temos mais a liberdade de ir a uma praia, restaurante, cinema ou teatro sem não ser assaltados. Aliás, nem nossos lares estão mais seguros. As grades nos separam das ruas e dos perigos que elas oferecem.

Essa foi a São Luís que nossos políticos esqueceram de falar, de cobrar medidas que possam equacionar essas questões. Lá em Brasília, na manhã de ontem, pintaram na Câmara Federal uma cidade de sonhos. E esqueceram que aqui vivemos com a realidade.

São luís vai chegar aos seus 403 anos como uma senhora velha e abandonada, doente, e dirigida por gestores que só se preocupam com seu patrimônio e dos seus.

Os canteiros das principais avenidas são sujos, além do trânsito desorganizado e atrasado

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Luís Cardoso