Blog Neto Ferreira
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o envolvimento do candidato a prefeito de São Luís, deputado estadual Eduardo Braide (PMN) com as empresas que integravam o esquema que atuava dentro da Prefeitura de Anajatuba.
Nessa investigação, a Polícia Federal apura movimentação atípica de grandes quantias na conta do deputado envolvendo as empresas Escutec, A4 Serviços e Entretenimento, Viera e Bezerra Ltda, AJF Junior Batista Vieira e 12 prefeituras.
O esquema foi denunciado no quadro “Cadê o dinheiro que tava aqui?”, do Fantástico.
A Operação Attalea, deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Controladoria Geral da União estima que esse esquema desviou cerca de R$ 15 milhões dos cofres públicos da União e do Estado.
A operação resultou na prisão de sete envolvidos, entre eles o prefeito Helder Aragão e os empresários Fabiano Bezerra e Fernando Júnior, verdadeiro donos das empresas. O pai do candidato Eduardo Braide, foi denunciado na época junto com os empresários como um dos cabeças e principal financiador do esquema, no chamado “núcleo empresarial da organização criminosa”.
As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Maranhão – GAECO demonstram que as licitações eram direcionadas para serem vencidas pelas empresas de fachada, superfaturadas, com ausência de informações essenciais sobre o objeto de licitação, com publicidade insuficiente e ausência de competitividade e os serviços não
O inquérito que investiga o deputado Eduardo Braide é conduzido pela Polícia Federal que pediu ao procurador regional federal Ronaldo Meira de Vasconcelos Albo um prazo de mais 90 dias para concluir a investigação.
Se for denunciado, Eduardo Braide será enquadrado no artigo 1º da Lei 9613 (Lavagem de dinheiro) – “Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”.