Temer pede confiança e diz que manterá programas sociais em seu governo

CiSTVBjXAAAlewsO presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), pediu a “confiança” da sociedade e defendeu a “pacificação” e “unificação” do País em seu primeiro pronunciamento como Presidente da República. Temer se tornou o 41º a exercer a função após a agora presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), ser obrigada a deixar o posto por decisão do Senado Federal.

Interrompido em diversos momentos por aplausos de aliados, Temer reafirmou que não pretende interromper programas sociais que se tornaram marca das gestões do PT, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. O discurso do agora presidente durou cerca de vinte minutos em cerimônia realizada no fim da tarde desta quinta-feira (12) no Palácio do Planalto, seu novo local de trabalho.

“Minha primeira palavra ao povo brasileiro é a palavra ‘confiança’. Confiança nos valores que formam o caráter de nossa gente. Na vitalidade da nossa democracia. Na recuperação da economia nacional”, disse o peemedebista. “É urgente pacificar a nação e unificar o Brasil. É urgente fazermos um governo de salvação nacional. Partidos políticos, lideranças e entidades organizadas e o povo brasileio ão de emprestar sua colaboração para tirar o Ppais desta grave crise em que nos encontrarmos. O dialogo é o primeiro passo para enfrentarmos os desafios e garantir a retomada do crescimento.”

Temer também defendeu privatizações por meio da adoção de parcerias público privadas, e apontou o ajuste das contas públicas como um dos pontos mais urgentes para reorganizar a economia do País.

Antes de seu pronunciamento, Temer deu posse à sua equipe ministerial, que será composta por 24 nomes (oito a menos que na gestão Dilma Rousseff). O PMDB é justamente o partido com o maior número de integrantes na nova composição do Planalto, com seis pastas. O PSDB, que até poucas semanas se mostrava reticente em relação a integrar a equipe de Michel Temer, irá comandar três ministérios.

Na madrugada desta quinta-feira (12), os senadores aprovaram, por 55 votos a 22, a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, decisão que obrigou a petista a se afastar do Palácio do Planalto por até 180 dias.

Pouco antes da cerimônia realizada no Planalto, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão que analisa o processo contra Dilma, afirmou em entrevista coletiva que os senadores não pretendem utilizar todo o prazo de 180 dias para decidir sobre o retornou ou não da petista à Presidência da República.