Neto Ferreira
Anilson Araújo Rodrigues (foto ao lado esquerdo) é um verdadeiro homem bomba, quando se trata de detalhar a atuação uma organização criminosa (ORCRIM), especializada em fraudar processos licitatórios para desviar recursos públicos federais da saúde e educação pública, no Maranhão.
Ele não é tão parecido com o homem que delatou políticos e empreiteiros importantes do Brasil, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras – preso na Operação Lava Jato -, mas tem mesmo o objetivo: tentar reduzir sua pena na Justiça Federal.
O delator maranhense, para quem não sabe, ‘deveria’ ser preso na Operação Attalea desencadeada no dia 20 de outubro do ano passado, que teve trabalho conjunto da Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e Controladoria-Geral da União (CGU).
No entanto, ele acabou escapando temporariamente da cadeia após celebrar delação premiada que consiste em acordo entre investigado, acusado e a Justiça. Tudo isso para revelar nomes de prefeitos, ex-prefeitos e empresários envolvidos em esquema de corrupção no Maranhão.
Anilson era motoboy e foi usado como laranja das empresas A4 Serviços e Entretenimento Ltda, Construtora Construir e M A Silva Ribeiro que ganharam contratos direcionados e superfaturadores onde prefeitos fizeram diversos repasses com verbas federais, inclusive, convênios estaduais para alimentar a quadrilha que fazia lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, dentro outros crimes.
Na delação premiada, o laranja fala com consistência que entregou dinheiro oriundo da corrupção em forma de propina para prefeitos de várias cidades do Maranhão. Anilson cita nomes de gestores do qual o Blog teve acesso com exclusividade.
A delação é, sem sombra de dúvidas, embasamento do inquérito policial que está sendo produzido sigilosamente na Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão.