Durante sessão extraordinária realizada nessa quarta-feira, dia 09, na Câmara Municipal de Santa Inês, os 14 vereadores presentes votaram os pedidos de afastamento por 90 dias e de cassação do mandato do prefeito Ribamar Alves (PSB).
José de Ribamar Costa Alves foi preso no dia 29 de janeiro sob acusação do crime de estupro a uma jovem de 18 anos e foi solto no dia 25 de fevereiro.
Dos 17 vereadores da Casa, apenas 14 compareceram ao plenário. Destes, nove votaram a favor da cassação de Ribamar Alves, e quatro contra, o voto do presidente não conta. No entanto, eram necessários 12 votos para cassar o prefeito recém conduzido ao cargo.
Como o total não atingiu dois terços dos vereadores, o processo teve que ser arquivado. Não compareceram à sessão os vereadores Uchoa, Otacília Rios e Dr. Tomaz.
Para o presidente da Câmara Municipal de Santa Inês, Orlando Mendes (PDT), a votação encerra a questão da cassação. “Eram necessários dois terços dos votos para que o prefeito fosse cassado, mas não houve quórum necessário, sendo que três vereadores faltaram. Portanto, o resultado prevalece”, assegurou.
Sobre o fundamento de que Ribamar Alves estaria afastado do cargo tempo superior ao permitido pela legislação, e que isso justificaria perda do mandato, Orlando Mendes contesta: “O juiz reconduziu o prefeito ao cargo, resultando na validade da sessão que aprovou a licença de 15 dias ao gestor. À Casa cabe votar questões legislativas. O suposto crime de estupro é com a Justiça e não com a Câmara”, pontuou.
De acordo com o pedetista, o resultado da sessão amenizou o clima de tensão na cidade. “O resultado deu uma parada na agitação da cidade. Pois o que a população observa que este é um ano de eleição que escolherá o novo prefeito”, destacou Orlando Mendes.
Oposição
A oposição não ficou satisfeita com o resultado e diz que vai apurar denúncias feitas pelo vice-prefeito Edinaldo Lima, o Dino do PT, sobre irregularidades encontradas por ele no período em que esteve à frente da prefeitura.