Funcionários da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão concentram-se em grande número na entrada da Alema. O objetivo é discutir o andamento das negociações sobre a reforma do PCCV.
Até o momento, devido à resistência da Mesa Diretora, não houve avanços no que diz respeito à tabela salarial geral. Caso a Alema não cumpra o acordo firmado com o SINDSALEM, a única saída para a categoria será a mobilização e uma possível greve.
O presidente da casa o senhor Humberto Coutinho (PDT), parece não se importar com a categoria. Embora os inúmeros erros no uso do dinheiro público cometidos pela Direção Administrativa da ALEMA no passado e reproduzidos no presente, principalmente, no tocante ao inchaço de servidores comissionados e, o que é mais grave, à proteção de vários “funcionários fantasmas”, os funcionários aprovaram um acordo publicado no Diário oficial da Alema concedendo um tempo à Mesa Diretora para, paulatinamente, solucionar o problema.
Ao mesmo tempo, no acordo, foi consenso entre as partes a busca de uma reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos – PCCV para reparar distorções salariais entre os poucos servidores de carreira (450) e os cargos comissionados, que são maioria na Casa (mais de 1500). Para elaborar essa reforma, foi constituída uma Comissão Paritária, formada por membros representantes da Mesa Diretora e do SNDSALEM.
Assim como na comissão do passado, o debate com a nova comissão ocorreu num clima de alto nível e de respeito sobres os temas mais gerais da reforma do PCCV. No entanto, no tocante a atualização da tabela que expressa os valores, a categoria estamos encontrou, não resistência em si, mas táticas de negociação com o intuito de estender ao máximo as negociações para depois justificar que não foi possível atender à reivindicação em razão da Lei Orçamentária Anual – LOA.
Para a Direção do SINDSALEM, a ausência de um acordo satisfatório, já provada em Mesa Política de Negociação e na Comissão Paritária, não se deve a dificuldades financeiras. O problema na ALEMA gira em torno é da má utilização do dinheiro público, principalmente, na gestão de pessoal. É inaceitável a existência de servidores ganhando mais de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) sem prestar um serviço sequer no dia a dia da Casa. Apesar do alerta feito pelo SINDSALEM, a situação não se alterou.
Diante do exposto, a Direção do Sindicato espera que a Mesa Diretora não repita táticas reprováveis da gestão Arnaldo Melo (PMDB), que se apresentou como séria, mas, no fundo, já tinha como estratégia a não reformulação do PCCV. Os servidores estão cumprindo com a parte do acordo, quem não cumpre com nada e nem vai cumprir é o presidente o todo poderoso Humberto Coutinho.