Apesar de seu partido, o PCdoB, ser ferrenhamente contra a terceirização dos serviços públicos e por isso a bancada da legenda na Câmara Federal ter votado contra o PL 4330, o governador Flávio Dino tem se mostrado totalmente a favor da não realização de concurso público para a área da saúde, onde pretende gastar R$ 700 milhões em apenas um ano com o pagamento de terceirizadas para, semelhante ao modelo adotado pelo ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, gerir todas as unidades hospitalares do estado.
É o que aponta o Termo de Referência do Ministério Público de Contas (MPC), assinado por seus quatro procuradores, incluindo o procurador-chefe, Douglas Paulo da Silva, e apresentado no último dia 7 à Unidade Técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, que inclusive constatou a existência de diversas irregularidades nos dois editais publicados no Diário Oficial do Estado em 23 de março passado, visando a seleção e contratação de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Além do gasto absurdo com um serviço que Flávio Dino prometeu a abertura de concurso público, a previsão é de que, com a nova terceirização completa da saúde estadual, pelo menos 12 mil pessoas sejam colocadas no olho da rua em todo o estado com as mudanças na gestão de saúde.
Pelo lado do governo, embora não negue a terceirização dos serviços, a alegação do secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry, é que o Estado vai reduzir de R$ 90,5 milhões para R$ 60,3 milhões o gasto mensal com a manutenção de hospitais, maternidades, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centros especializados que atendem a população em São Luís e no interior do Maranhão.
Toda a verba pra lá de milionária vai parar na conta de Oscips laranjas colocadas por testas de ferro de São Paulo ligados ao PCdoB, que já comemoram há algumas semanas o resultado que só sairá na quinta-feira (16).
Atual7