Os movimentos internos recentes do PSB demonstram que uma nova disputa entre o deputado Zé Reinaldo Tavares e o senador Roberto Rocha vai começar. Essa deverá ser uma reedição de toda a briga presenciada em 2012 quando Zé Reinaldo queria o partido junto com João Castelo e Roberto Rocha brigava para deixar com Edivaldo Júnior.
Neste ano, a briga terá contornos bem diferentes de antes. Desta vez, quem quer o PSB com Edivaldo Júnior é Zé Reinaldo. Ele até lançou como pré-candidato da legenda o secretário Bira do Pindaré e futuramente vai retirar essa candidatura para apoiar a reeleição do prefeito de São Luís.
Já Roberto Rocha faz o caminho completamente o contrário de outrora. Ele não quer mais Edivaldo Júnior. Ele acredita não precisar mais se coligar com o prefeito como fez em 2012, cujo objetivo claro era garantir sua candidatura única ao Senado pelo grupo do governador Flávio Dino.
Por isso brigou e levou o PSB para compor com Edivaldo. Conseguiu até a vaga na chapa como vice-prefeito, mas como tal não fez nada mais do que garantir espaços politicamente para sua candidatura a senador.
Como está senador e ficará por lá 8 anos, Roberto Rocha decidiu iniciar seu rompimento com Flávio Dino visando já 2018. Ele conspira contra Edivaldo Júnior a favor de Eliziane Gama (PPS), acordo já firmado ano passado para garantir o apoio do PPS a candidatura dele ao Senado.
Essa não é a primeira vez que Roberto Rocha se aproveita das situações para garantir espaços melhores para ele em eleições. Toda a trajetória dele em seus mandatos eletivos foram assim. Tanto que quando as coisas não saem como ele quer, acaba rompendo por isso ganhou o apelido de Roberto Racha.
Mas para o próximo ano as ações de agora não são a favor diretamente dele. Racha – ou melhor Rocha – quer espaços para o filho, vereador Roberto Rocha Júnior (PSB). Ele o quer na chapa de Eliziane como vice e depois de dois anos, que saia a deputado federal.
A prova disso é que Roberto Júnior de uma hora para outra decidiu atacar o prefeito de São Luís sem economizar nas críticas.
O objetivo de Rocha é alavancar a carreira política do filho – um dos vereadores mais apagados da Câmara – e criar um grupo paralelo ao do governador Flávio Dino para em 2018 ser ele o candidato que disputará com Dino a eleição para o governo.
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