Eliziane Gama diz que atitude de Jair Bolsonaro é “revanchismo juvenil”

Eliziane Gama: crítica dura às iniciativas de Jair Bolsonaro

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) se mantém coerente com o discurso que a levou à Câmara Alta. Ela permanece rigorosamente colocada em Oposição ao Governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), faz duras críticas às intempéries presidenciais, não poupa de bordoadas verbais medidas que considera inadequadas e não costuma fazer concessões aos apelos governistas em relação a votações. Ontem, por exemplo, a senadora usou suas redes sociais para classificar de “guerra ideológica” e “revanchismo juvenil” a decisão do presidente da República de mudar o nome de duas dezenas de usinas termelétricas do sistema Petrobras. Numa iniciativa sem pé nem cabeça, movida pelo simples ranço ideológico, Jair Bolsonaro que usinas que homenageavam figuras históricas como Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes, Mario Lago, Barbosa Lima Sobrinho, Aureliano Chaves, Fernando Gasparian, Celso Furtado, Euzébio Rocha, Jesus Soares Pereira e Rômulo Almeida, passem a ser identificadas com os nomes das suas regiões. Até o líder indígena Sepé Tiaraju (1723-1756), reconhecido como herói por haver defendido os povos das Missões, no Rio Grande do Sul, e cujo processo de canonização tramita no Vaticano, escapou da censura bolsonariana.

– Temos um exército de desempregados e outro de desalentados, muitas ações na ordem do dia para que o Brasil volte aos trilhos do crescimento, sem sombra de dúvidas mudar nome de termelétricas alimentando guerra ideológica e revanchismo juvenil não ajudará em absolutamente nada – criticou. E anunciou que buscará meios legais de impedir que ações como estas “sejam evitadas no futuro, que intervenções desta forma sejam proibidas e que a atual medida seja revogada”, sob o argumento maior de que “alimentar essa guerra ideológica não deve ser o foco da administração pública”.