A casa caiu: Polícia Federal e Ministério Público Federal acusa ex-prefeito de Carutapera, Amin Quemel, de desvio milionário de verbas da saúde

O ex-prefeito de Carutapera, Amin Barbosa Quemel, encontra-se no centro de uma investigação conduzida pela Polícia Federal no estado do Maranhão. A autoridade policial, em conjunto com o Ministério Público Federal e o COAF, moveu denúncia contra Amin, acusando-o de desviar verbas públicas federais destinadas ao sistema de saúde do estado. A ação penal está fundamentada nos incisos I e III do Decreto-Lei nº 201/67 e no artigo 1º da Lei nº 9.613/98.

De acordo com a denúncia, Amin Barbosa Quemel, que ocupou o cargo de prefeito de Carutapera entre os anos de 2014 e 2015, direcionou recursos públicos para sua empresa, a Amin Barbosa Quemel-ME, cuja atividade principal é o comércio varejista de livros. A empresa faz parte do grupo empresarial São Luís Distribuidora de Livros, juntamente com outras empresas, incluindo a São Luís Distribuidora de Livros Ltda, Dulcirene Baldez Quemel (serviço de divulgação e promoção), e a Quemel Comércio de Livros, todas com participação societária de Amin Barbosa Quemel e sua esposa, Dulcirene Baldez Quemel.

As investigações revelam que a empresa Amin Barbosa Quemel-ME, embora tenha declarado um faturamento de R$ 2.677.278,00 em maio de 2015, movimentou um montante substancialmente superior, atingindo a marca de R$ 12.531.145,95. Deste valor, R$ 6.465.783,19 foram identificados como créditos, enquanto R$ 6.065.362,76 consistiam em débitos. Este aumento substancial nas movimentações financeiras chamou a atenção das autoridades, que classificaram as transações como incompatíveis com a atividade declarada da empresa.

O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontou as irregularidades nas movimentações de recursos federais geridos pelo Instituto Cidadania e Natureza (ICN). Transferências significativas de valores para diversas pessoas físicas e jurídicas, incluindo a empresa Amin Barbosa Quemel-ME, foram destacadas no documento.

A investigação teve início em 2015, com a instauração do Inquérito Policial nº 468 pela Superintendência da Polícia Federal no Maranhão, com o objetivo de apurar o desvio de verbas federais destinadas ao sistema de saúde municipal.