Carlos Brandão deve ter menos oposição na Assembleia Legislativa do que na era Flávio Dino

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), um dos políticos mais habilidosos da história do estado, deve conquistar um feito jamais alcançado por outro chefe do Palácio dos Leões. O sertanejo de Colinas caminha para ter menos opositores na Assembleia Legislativa do que o seu antecessor, o senador eleito Flávio Dino (PSB). A boa relação com a classe política e a forma diplomática de tratar a todos faz com que esse cenário já possa ser desenhado.

Teoricamente na oposição foram eleitos 15 deputados, sendo 5 no PL, 4 no PDT, 2 no PSC, 2 no PSD, 1 no Republicanos e 1 no União Brasil. Número suficiente para abrir uma CPI e dá muito trabalho no parlamento estadual. Porém com as demonstrações feitas até então, boa parte desse grupo deve se unir e votar no candidato indicado pelo governador para comandar a Assembleia Legislativa, o que já é um sinal de alinhamento político.

O PL de Josimar de Maranhãozinho já vem “namorando” com o governador Carlos Brandão para compor o governo, tanto que a deputada estadual eleita Abigail Cunha já é cotada para ser secretária de Estado. Até o primeiro suplente do partido, Pará Figueiredo, já percebendo o movimento dos correligionários, já faz acenos também a Brandão.

O PDT que poderia ser a principal base de sustentação de oposição ao governo Brandão também já dá sinais de que vai acompanhar o governador, inclusive esta também deve ser a tendência do senador Weverton Rocha em um futuro não tão longínquo, visando a reeleição de 2026.

O PSD pode se dividir, Mical Damasceno por conta de sua posição em defesa do bolsonarismo pode adotar uma postura mais radical ao governador, porém ela possui uma boa relação com Carlos Brandão, assim como Eric Costa.

O Republicanos terá apenas Janaína Ramos, esposa do prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, já fragilizado em meio a várias denúncias de supostos atos de corrupção em sua gestão. Ela não deve adotar uma postura de oposição.

No PSC e no União residem os principais focos de resistência a Brandão, porém são os mais frágeis neste momento por conta dos processos judiciais que tramitam e podem derrubar toda a votação dos candidatos desses partidos.

Sendo assim, Fernando Braide (PSC), já demonstrando uma boa relação com Zé Reinaldo Tavares e Neto Evangelista (União), que já foi aliado de Brandão, podem acabar se aproximando e manter uma postura menos radical ao governador.

Sobrará a Wellington do Curso (PSC), esse papel de opositor intransigente, assim como fez nos governos Flávio Dino.

Vale lembrar que nos 7 anos e 4 meses de governos Flávio Dino, ele chegou a ter Andréa Murad, Edilázio, Max Barros, Adriano Sarney, Sousa Neto, César Pires e Wellington do Curso como opositores entre 2015 e 2019. Na legislatura de 2019 a 2023, só sobraram Adriano, César e Wellington.

E agora, Brandão pode ter mais tranquilidade para a governar, a menos que os até então considerados aliados possam se rebelar, mas este é outro cenário que pode ser desenhado lá na frente…

Blog do Diego Emir