Sem apoio na base de Flávio Dino, Brandão quer atrair velha guarda sarneysista

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) já sabe que não terá o apoio da base do governador Flávio Dino (PCdoB), formada em sua maioria por jovens deputados, prefeitos e vereadores, com dinâmica política diferente. Este grupo, que tem hoje o controle dos principais partidos no estado, se alinha ao projeto do senador Weverton Rocha (PDT), e deve influenciar diretamente a decisão de Dino sobre o candidato da base.

Brandão tem dificuldade de se aproximar da ala mais jovem dos alaidos de Dino por que é, ele próprio, um político de outra geração.
Para tentar fazer contraponto a esta força contra ele, Brandão tenta atrair para seu projeto antigas lideranças do chamado grupo Sarney e a velha guarda da política sarneysista.

Para isso, conta com o ex-governador José Reinaldo Tavares e seu sobrinho, o chefe da Casa Civil do governo Dino, Marcelo Tavares (PSB) e o atual secretário de Comunicação da Prefeitura de São Luís, Joaquim Haickel.
O vice-governador já conversou com o ex-senador João Alberto, com o ex-secretário Ricardo Murad e já tentou, inclusive, aproximação com a ex-governadora Roseana Sarney.

Ele conta também com políticos da velha guarda sarneysista ainda em atividade, como os deputados Hildo Rocha, César Pires e Arnaldo Melo. A todos, garante espaço de poder assim que assumir o governo, em abril de 2022.
José Reinaldo trabalha não apenas em aproximar Brandão de sarneysistas, mas busca também seus próprios aliados das antigas, como os ex-deputados Jaime Santana, Marcone Farias e Aderson Lago.

O próprio Brandão sempre foi mais próximo desses políticos, uma vez que fez parte do grupo Sarney durante anos.
E é com este pessoal que quer governar e viabilizar sua candidatura ao governo.