Acordo de Alckmin com “Centrão” nada muda na aliança dinista

Juscelino Filho (DEM) e André Fufuca (PP) sofreram pressões, mas ficaram com Flávio Dino
Juscelino Filho (DEM) e André Fufuca (PP) sofreram pressões, mas mantivera DEM e PP na coligação de Flávio Dino

Quem aposta que a aliança firmada pelo PSDB e o “Centrão” em torno da candidatura presidencial do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, envolvendo diretamente partidos como DEM, PP, PRB, SD e PR,  produzirá desdobramentos no Maranhão, afetando a coligação montada e liderada pelo governador Flávio Dino, pode estar jogando dinheiro fora. O acordo negociado na quinta-feira deixou claro que a aliança se atém à candidatura de Alckmin ao Palácio do Planalto, nada além disso. Os partidos que entraram no acordo fizeram questão de deixar as alianças estaduais fora desse compromisso, certos de que, se tentassem interferir nesses pactos, poderiam criar um problema gigantesco para o presidenciável tucano, em vez de embalar a sua candidatura. Isso não quer dizer que esses partidos não o apoiem nos estados, ainda que estejam alinhados a candidatos a governador de outro campo político. No Maranhão, por exemplo, DEM, PP, PRB, SD e PR apoiarão a candidatura de Geraldo Alckmin a presidente integrando a grande aliança que dá sustentação à candidatura do governador Flávio Dino à reeleição, descartando qualquer possibilidade de virem a aliar-se ao candidato tucano Roberto Rocha. Houve, é verdade, tentativas do Grupo Sarney, de tirar o DEM – controlado no Maranhão pelo jovem deputado federal Juscelino Filho, e o PP – comandado pelo também jovem deputado federal André Fufuca – da aliança dinista e incluí-los no grupo partidário ligado a Roseana Sarney. Os jovens líderes, porém, decidiram permanecer na esfera governista. E tudo indica que nada mudará por causa da aliança dos tucanos com o “Centrão”.

Da Coluna Repórter Tempo