Waldir Maranhão viverá hoje seu último ato momento no comando da Câmara e depois irá para o anonimato com destino incerto

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Waldir Maranhão protagonizará último ato para sair de cena com destino incerto

O presidente interino da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP), comanda hoje o seu único grande ato, ao presidir a sessão em que será eleito o novo presidente da Casa, que sucederá ao agora deputado comum e em vias de perder o mandato, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No jogo bruto que moveu a Câmara Baixa do País nos últimos tempos, Waldir Maranhão virou protagonista, e com o destaque daqueles que entram para a História.

Inexplicavelmente eleito 1º vice-presidente da Mesa Diretora, ele fez o papel principal numa opereta que causou perplexidade e indignação nos brasileiros – como a anulação, por algumas horas, da sessão que autorizou o Senado a instaurar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) – e o gesto de enfrentar o colégio de líderes, que tentou atropelar sua autoridade na definição da data da eleição do novo presidente. A partir de amanhã, quando voltar à condição de 1º vice-presidente e ao seu quase anonimato no plenário da Casa – de onde não deveria ter saído -, o parlamentar maranhense poderá estar iniciando também a subida do calvário que poderá resultar também na sua cassação.

Já se fala nos bastidores que seu primeiro grande revés será a sua expulsão dos quadros do PP, um partido contaminado por bandidos políticos. O fato é que muitos estão certos de que ele não fechará 2016 como deputado. É como dizia o sábio Lister Caldas, uma das maiores raposas política do Maranhão do século passado: Quem viver verá.