PF prende ex­vereador do PT em nova fase da Operação Lava Jato

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta­feira (13) um mandado de prisão e outros 10 de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba em mais uma etapa da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.

O alvo do mandado de prisão é um advogado e ex-vereador do PT em Americana (SP) Alexandre Romano.

Ele já foi detido.

Um dos mandados de busca e apreensão atinge a empresa JD2 Consultoria, no Setor Hoteleiro, em Brasília.

Batizada de Pixuleco 2, essa fase mira um operador responsável por arrecadar ilicitamente R$ 50 milhões em contratos relacionados ao Ministério do Planejamento,identificado a partir da deflagração da fase anterior.

A participação dele, segundo a PF, foi confirmada com o recebimento de valores por meio de empresas de fachada e pagamentos realizados por ordem deste operador.

O preso deverá ser levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, quartel­general da Lava Jato.

PIXULECO

Na última fase da operação, chamada de Pixuleco –a forma como, segundo a PF, o ex­tesoureiro do PT João Vaccari Neto referia­se a propina– foi preso o ex-ministro José Dirceu. Para os investigadores, Dirceu é um dos responsáveis por criar o esquema de corrupção na Petrobras quando era ministro da Casa Civil, no primeiro governo Lula, e teve papel de comando nesse esquema.

Na mesma operação foram detidos Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu e sócio dele na JD Consultoria, Roberto Marques, ex­assessor do petista, o lobista Fernando Moura, o irmão dele, Olavo de Moura, o empresário Pablo Kipersmit e o engenheiro da Petrobras Celso Araripe, que atuou como gerente de empreendimento da sede da estatal em Vitória, no Espírito Santo.

SIlva, Marques e Kipersmit foram soltos nesta quarta (12).

Os dois primeiros são investigados sob suspeita de terem feito transações com fornecedores da Petrobras em benefício do ex­ministro da Casa Civil.

Kipersmit, por sua vez, é apontado como responsável por um contrato de fachada para repasse de dinheiro ao PT e a seu ex­tesoureiro João Vaccari Neto, por meio do operador Milton Pascowitch (atualmente, delator da Lava Jato).

Todos negam irregularidades.

Marques e Olavo de Moura também já foram soltos.

Folha SP