Mais um delator aponta propina para Lobão

Mais um delator envolveu o senador Edison Lobão (PMDB-MA) na operação Lava Jato. Com Luiz Carlos Martins, ex-diretor de Energia da Camargo Corrêa, chega a cinco o número de delatores que afirmam que Lobão e o PMDB foram destinatários de propina em contratos para as obras das usinas de Belo Monte e Angra 3.

O executivo da Andrade Gutierrez Flavio David Barra já tinha confirmado em depoimento à Polícia Federal que o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, pediu uma contribuição para o PMDB ao consórcio responsável pelas obras de Angra 3. Segundo Barra, a doação era em nome do ex-ministro de Minas e Energia.

O empresário Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, disse em seu termo de delação premiada que nessa reunião, que ocorreu em agosto de 2014 entre as empreiteiras Camargo Corrêa, UTC e Andrade Gutierrez, teria sido discutido também o pagamento de propinas de 1% do montante do contrato para o PMDB e dirigentes da Eletronuclear.

O advogado de Lobão, Antônio Castro de Almeida Castro, o Kakay, questionou as delações da Lava Jato: “Eu acho perigoso esse excesso de delações. É perigoso se basear na palavra do delator sem ter uma prova. O excesso de delações está fazendo com que o processo perca seu prumo”.