Casa do Cangaço: Coronel Humberto Coutinho veta Wellington do Curso na Agência AL

Atual7O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Humberto Coutinho, do PDT, transformou a “Casa do Povo” na “Casa do Cangaço”. Coronel de uma das maiores e mais antigas oligarquias regionais do Maranhão, Coutinho vetou o nome do deputado estadual Wellington do Curso, do PPS, na Agência Assembleia, responsável pelas atualizações no site oficial da AL.

Desde a semana passada, por ordem de Coutinho, o parlamentar do PPS teve todas as notícias sobre o seu mandato deletadas do site da Assembleia, em ação coordenada pelo diretor de Comunicação do Poder Legislativo, Carlos Alberto. A ordem é que não seja publicada qualquer informação sobre a atuação do deputado. Publicou, é rua.

O Atual7 apurou que o veto do coronel-presidente se deu por Wellington sair em defesa das quase 200 mães e pais dos bebês mortos na Maternidade Carmosina Coutinho, a “Maternidade da Morte”, em Caxias, chefiada pelo seu sobrinho, Leonardo Barroso Coutinho, o Léo, PSB. Por lá, além da morte de crianças, as que conseguem nascer ficam cegas.

Um dia após a exibição do programa Repórter Record Investigação, que denunciou ainda que a “Maternidade da Morte” funciona sem alvará da Prefeitura de Caxias, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, Wellington do Curso apresentou requerimento solicitando uma visita in loco da Comissão de Saúde no matadouro, para apurar a responsabilidade do prefeito Léo Coutinho – e até do presidente da AL, acusado pelo Ministério Público de escamotear do SUS destinado para a compra dos equipamentos para a implantação da UTI na maternidade do município – na morte das crianças.

Recentemente, o parlamentar perseguido pelo presidente da Assembleia pediu um minuto de silêncio em respeito e condolências às mães caxienses vítimas do descaso na saúde pública municipal em Caxias. Como Humberto Coutinho fugiu da sessão, o vice-presidente da AL, deputado Othelino Neto, do PCdoB, tentou vetar o pedido de silêncio, mas foi repreendido por Wellington, que insistiu no pedido até ganhar a simpatia dos outros parlamentares.