Marco DEça
A conversa de ontem, no Twitter, entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e seu ex-sócio e atual diretor do Detran, Antonio Nunes, parece coisa de mafioso de comédia-pastelão italiana.
Pego de calça curta pela Justiça – que viu sinais claros de favorecimentos no contrato do órgão com uma empresa já conhecida pelo esquema de lavagem de débito de campanha – Nunes tinha obrigação de pedir desculpas e entregar o cargo.
Não fez nenhuma coisa nem outra.
Neste caso, caberia, então, ao governador, demitir a cúpula do Detran e agradecer a Justiça pela descoberta do esquema de corrupção em seu governo.
Dino também não fez; nenhuma coisa nem outra.
Ao contrário, o governador chancelou as ações do seu ex-sócio, jogando loas a ele nas redes sociais.
E Antonio Nunes, bom empregado, respondeu de chofre: – Sigo suas diretrizes, governador.
Ficou claro aí que Flávio Dino sabia de tudo.
É simples assim…
O cara entra no Detran e em menos de 100 dias faz uma economia de mais de 10 milhoes de reais. Dar pra ter uma ideia como era o lamaçal de corrupção na gestão anterior.