Ruim com eles…

Dilma Rousseff já foi aconselhada a não deixar o PMDB solto tampouco criar frentes de batalha com o partido de Eduardo Cunha no Congresso. Até aqui, todas as estratégias para tentar reduzir o poder do peemedebista falharam. O Pros, de Cid Gomes, tende a minguar. O megapartido de Gilberto Kassab, que seria resultante da fusão do PSD com o novo PL, está engavetado. Nos próximos dias, Dilma Rousseff poderá, inclusive, fazer um gesto de que desistiu dessa ideia, sancionando a lei que estabelece que só podem recorrer à fusão partidos que estiverem com, pelo menos, cinco anos de vida. 
Quem acompanha a política lembra que, ao longo da história, todos tentaram reduzir o PMDB, e o partido sempre escapou com habilidade, graças a manobras no parlamento. No fim de 2000, quando PFL e PMDB romperam, os peemedebistas se uniram a Aécio Neves (PSDB) para derrotar os pefelistas no ano seguinte, na disputa pela presidência da Câmara. O PFL até mudou de nome. O PMDB continua aí, pronto para fazer com o PT o que fez com os antigos companheiros. Em nome do ajuste fiscal, Dilma não tem outra saída.