Júnior Bolinha pede transferência do Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Raimundo Sales Chaves, mais conhecido Júnior Bolinha  
Raimundo Sales Chaves, mais conhecido Júnior Bolinha

Raimundo Sales Chaves, mais conhecido Júnior Bolinha, acusado de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá, pediu a justiça  transferência do Presídio São Luís I (PSL I), onde está preso atualmente, para uma cela do presídio do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, localizado na região Itaque Bacanga, em São Luís.
O pedido foi feito junto a  Justiça pelo advogado de defesa do réu, Armando Serejo ao juiz  da Primeira Vara Criminal do Tribunal do Júri, Osmar Gomes dos Santos. No documento Júnior Bolinha alega que estaria sofrendo ameaças e que sua integridade física está sendo ameaçada devido à aproximação com outros detentos, considerados pelo réu de altíssima periculosidade.
Outro pedido foi feito junto ao Comando Geral do Corpo de Bombeiros solicitando informações sobre se a instituição tem capacidade para receber o acusado. Outro ofício foi encaminhado também para a direção do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop) solicitando esclarecimentos sobre uma missão que foi realizada nos dias 10 e 11 de novembro, no PSL I.

As assessorias do Corpo de Bombeiros  e do Geop,  confirmaram o recebimento do ofício e informaram ainda  que irão acatar a decisão do juiz.  Já o magistrado Osmar Gomes dos Santos, solicitou ao Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária  (Sejap) informações necessárias para só depois expedir um parecer final.

O crime

O assassinato do jornalista Décio Sá, se deu em meio a uma rede intrigas e teria sido motivada pelo fato do profissional ter denunciado, através do seu blog, atividades ilícitas envolvendo empresários, prefeitos e agiotas. Décio teria sido morto por denunciar o esquema que resultou na morte do empresário Fábio Brasil, em Teresina.

O crime aconteceu no início da noite do dia 23 de abril de 2013, logo após a chegada de Décio Sá ao Restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea (Praia de São Marcos), como costumeiramente fazia. Ele havia sentado a uma mesa quando foi surpreendido pela chegada de um homem que se dirigiu ao banheiro e quando voltou, ficou de frente para o jornalista e sacou de uma pistola PT-380.

Na época, as polícias Civil e Militar deram início imediato às investigações. Dois dias depois o secretário de Estado da Segurança Pública, Aluísio Mendes, anunciou a criação de uma comissão de delegados especializados para proceder as investigações, composta por Jeffrey Furtado, Maymone Barros, Guilherme Sousa Filho, Roberto Wagner, Roberto Larrat e Augusto Barros.

O Imparcial